POETA DO CERRADO

Sou do cerrado sul-matogrossense:

Um homem obstinado,

Que a tudo vence.

Sou lá do Areado,

Lá debaixo da Serra:

Dou um boi pra viver sossegado

E uma boiada pra não perder uma guerra!

Com meu pai aprendi a diferença que há

Entre o abraço de um leal amigo

E o de um “amigo tamanduá”.

Desde cedo, aprendi o valor do trabalho,

Quando pego uma empreita:

Não atraso, não falho,

Nem se estiver com “maleita”!

Quando menino lá do cerrado,

De cavalo bravo, eu era domador!

Vim pra cidade, após estudo acirrado,

Tornei-me poeta: escrevo versos de amor!

Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 24/05/2014
Código do texto: T4818111
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