ALGEMAS

No meio dum deserto sem fim

Caminho por uma longa estrada

Com tantas encruzilhadas

Algemada a recordações que carrego

Prisioneira dum passado sem nexo

Talvez que esse caminho

Seja como uma grilheta enferrujada

Enleada a alguma corrente corroída

Arrastando uma alma amordaçada

Pelas intempéries do tempo na vida

E caminhar pelo mundo é tão frágil e difícil

Como as velhas algemas e seus grilhões

Que aprisionam o fraco poder das ilusões

Em pinceladas de palavras ao acaso

Quando lançadas num mapa inventado

Vou caminhando para alcançar o sonho diverso

Algemada à dor doce e amarga do destino

Como um esboço recortado e no horizonte disperso

Que se vai esfumando na bruma do caminho

Ao longo dum imaginário universo

By@

Anna D’Castro

Anna DCastro
Enviado por Anna DCastro em 16/09/2014
Código do texto: T4964369
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