Poesia como arte.
Não faço poesia,
Faço arte.
Falo da alegria infindável
Que temos ao ver uma criança amável
A sorrir, sem espanto,
E conquistar-nos com seu encanto.
Sinto-me obrigada a falar do pranto
Daquelas meninas, de olhar santo,
Que choram horas por um amado
Que agora não mais é seu namorado.
Faço minha arte por fazer,
Assim como sorrio pra poder viver,
Assim como o cravo não vive sem a rosa,
Não sobrevivo sem meu verso e prosa.
A caneta e o papel são a melhor companhia
Nesse mundo cruel, repleto de hipocrisia.
Conjugo cada verbo no tempo que quero,
E no fim, sempre sai como eu espero.
Como diz machado, meu velho amigo,
Cada um ama o que quer a seu modo.
Dizem que amar é sempre um perigo
Mas amo sem jeito, do meu jeito, não me incomodo.
Depois dizem que meu mundo é fechado,
Banal até, talvez.
Mas por mim eu vivia trancado
Nesse grande mundo que minha mente fez.
A pior prisão que o homem vive
É essa que tu fica ai sentado,
Dentro de si mesmo, enclausurado
Esperando ter a audácia que tive.
Sou livre como pássaro,
Nunca cortaram minhas asas.
Tive decepções, claro.
Mas mesmo como o fogo que se fez em brasa,
Como fênix renasci das cinzas.
Não faço só poesia,
Faço da poesia minha vida.