JOGOS DE AMOR
Aprendi contigo muitos jogos de amor,
Brincámos às escondidas e à apanha,
Saltámos os muros das nossas casas,
Subíamos às árvores como aranhas,
Para formarmos a teia do nosso lar.
Andei sempre no teu encalço, fugias,
Chamava por ti, não me respondias,
Fazias-me sofrer, eu não te achava,
Cansaço e desiludido ao fim chegava.
Os nossos jogos de amor eu adorava.
Fazias de mim teu brinquedo preferido,
Como se eu fosse um simples peão,
Que punhas a rodar, para teu prazer,
Ficando eu com a minha cabeça tonta,
E tu troçavas de mim, por eu sofrer.
Gostava tanto de ti que jogava os jogos
Que tu escolhias, pois era bom contigo
Jogar, mesmo que eu perdesse o jogo,
Sabia que contigo podia sempre contar,
Para jogarmos nossos jogos de amor.
Agora que crescemos, ainda brincamos,
Com brincadeiras mais sérias, de amor,
Mas tu continuas a fugir, não sei porquê,
Dos meus beijos e abraços desejados,
A ti por mim, muitas vezes confessados.
Ruy Serrano - 18.11.2014, às 22:00 H