Poema à ninfa

Um pequeno texto de um singelo bardo a todas as mulheres, principalmente àquela que me deu inspiração para esse simples poema:

Alguém me chamou

No calar da noite

Uma voz ecoou

Muito, muito longe

Uma angústia surgiu

A vontade ver

A origem do som

Que esse bardo ouviu

Tentei seguir,

me perdi no caminho

Até de novo ouvir

as palavras sumindo

Corri atrás do som

Do sussuro que fugia

Não conseguia encontrar nada

Nada aparecia.

Cada vez mais alto

As palavras pediam atenção

Os sussuros, agora berros

Se juntavam a uma canção

Um ritmo frenético

Que me apressava

Um ritmo suave

Que ao mesmo tempo acalmava

Seguindo as vozes

me perdi daonde estava

Seguindo as palavras

Achei o que procurava

Parando para ouvir

O que se espalhava

Observei admirado

Aquilo que cantava

Não vinha de fora

não vinha do nada

Vinha agora

de uma imagem parada

Cantava com ódio

Ternura e paixão

Cantava calmamamente

E com muita convicção

Me perdi no seu canto

Sua voz era linda

As palavras ecoavam

Na minha mente,

no meu corpo

no meu coração

Nunca tinha presenciado

Tão bela canção

Sem sequer me tocar

Me acariciou por inteiro

Sem sequer me olhar

Me fez parar e observar

Por um momento tentei

Acompranhar a canção

Nem sequer falei

As palavras não saiam

Fiquei mudo

parado, estupefato

sem me mover,

E nem conseguia

os meus olhos mexer

A imagem me viu

Bela dama sorriu

Um adeus me deu

Num gesto mais que gentil

Nada mais se ouvia

A voz parou

A imagem sumia

A canção acabou

Mas minha mente guarda

A imagem que vi

Meu coração espera

Por mais uma vez ouvir

A bela canção

Que uma dama cantou

A perfeita canção

Que uma bardo admirou

Ninguém terá ideia

Não importa o que sinta

De quão bom é

Ver uma ninfa