Doce lembrança, amarga solidão

Não consigo lembrar, lembrar do teu sabor;

doce ou amargo, seja você, seja quem for.

Não consigo lembrar do teu doce olhar.

Não consigo lembrar do teu amargo ego, que ainda carrego.

Que coração preguiçoso esse o seu. Só sabe esperar, esperar eu voltar.

Não sei mais o que se passou,

não sei o que restou.

Não sei mais o que sentia quando via a alegria em teus lábios,

enquanto sorria.

É fácil esquecer do teu sorriso do teu olhar,

difícil é esquecer o que sinto por ti e saber o que sentes por mim.

Por ironia do destino, pela fragilidade da vida ou mesmo pelo teu orgulho e por minha honra,

nossa relação se tornou fugaz de prazo longo.

Você soletra o amanhã.

Eu soletro o hoje.

Nossa história soletra o ontem.

Doce e amarga,

seja você,

seja quem for,

sem tirar e nem pôr.

Longínquo sabor esse seu.

Kallebe Mendes
Enviado por Kallebe Mendes em 29/07/2015
Reeditado em 13/11/2015
Código do texto: T5327862
Classificação de conteúdo: seguro