Doce lembrança, amarga solidão
Não consigo lembrar, lembrar do teu sabor;
doce ou amargo, seja você, seja quem for.
Não consigo lembrar do teu doce olhar.
Não consigo lembrar do teu amargo ego, que ainda carrego.
Que coração preguiçoso esse o seu. Só sabe esperar, esperar eu voltar.
Não sei mais o que se passou,
não sei o que restou.
Não sei mais o que sentia quando via a alegria em teus lábios,
enquanto sorria.
É fácil esquecer do teu sorriso do teu olhar,
difícil é esquecer o que sinto por ti e saber o que sentes por mim.
Por ironia do destino, pela fragilidade da vida ou mesmo pelo teu orgulho e por minha honra,
nossa relação se tornou fugaz de prazo longo.
Você soletra o amanhã.
Eu soletro o hoje.
Nossa história soletra o ontem.
Doce e amarga,
seja você,
seja quem for,
sem tirar e nem pôr.
Longínquo sabor esse seu.