Ares de Pitanga

Ares de Pitanga

O velho barquinho,

O frio na barriga,

Um homem ranzinza

Rema forte nas águas.

Turvas são as águas,

Correntes tão calmas.

Há do outro lado

Um lugar de sossego.

Um cheio de pitanga

No mundo inteiro.

Os meus pés na areia,

Os passos tão firmes.

Tu estás ao meu lado

Até os confins da terra.

Vislumbro em silêncio,

Canções aos ouvidos,

Meus olhos perdidos

Devoram os teus.

Nos singelos toques

Eu fui mais que seu.

Outra caminhada,

Pés em águas rasas.

Um abraço tão forte

Escondia um adeus.

Tuas mãos nas minhas,

Mistérios ali havia,

Os passos que foram,

Os mesmos voltaram.

Abraso a recordação

Desta eterna paixão.

Victor Cartier

Dedico a W. O. B.

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 24/09/2015
Código do texto: T5393022
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