Dor de Passado

Em quatro paredes

Deitado no meu quarto

Fecho meus olhos

Lembro perfeitamente

Do tempo em que não sabia

O que era a vida

Às coisas foram acontecendo

Enquanto sentava

Na cadeira de balanço do parque

O tempo fechou

E vi os frutos morrerem

As folhas caírem na minha frente

Enquanto chorava horrores

Por ver que tudo acabou

Ainda no mesmo local

Mexo no bolso

E vejo as fotos borradas

De um passado sem volta

E de um futuro acabado

Meu coração desacelerou

Eu não digo adeus

Pois minh'alma dói

Quando ouço essa palavra

E às vezes sinto

Que meu espírito ficou

Ali mesmo

Na cadeira de balanço

Morta como as flores

Que um dia habitaram aqui

Sofia do Itiberê
Enviado por Sofia do Itiberê em 13/11/2015
Reeditado em 21/03/2016
Código do texto: T5447144
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