Fantasmas...
No vasto céu do meu olhar , ao léu ,
Jazem pretéritas pinturas ,
Sentinelas ornamentais das minhas amarguras .
Se fitares os meus olhos ,
Na demasia do tempo,
Ou por um breve momento,
Notar-me-ás ausente ,
Uma criança inconsequente ,
A valsar com os mortos.
Amores primaveris
No solar de veraneio ...
Ah , tudo são apenas estações ...
Fantasmas que nos tomam , aguçando-nos anseios ,
De buscar no passado , alimento para os devaneios,
Tentativas frustradas de resgatar sorrisos que não nos pertencem mais .