Tempo do Tempo

Amanhã é domingo.

E domingos são pacatos.

Domingo o tempo para.

Arrepia-me os nervos.

Acho chato, eu sou chata.

Nós somos...

Pensei eu, hoje é 1986 ou 2016?

Tempo do tempo.

Dei luz a escravidão.

Não preciso dormir à noite.

Não costumo seguir regras sociais.

Eu tenho outro tempo para dormir.

Eu tenho outra hora, outro momento, outro dia.

Parem de clichê.

Parem com os vazios.

Acordem!!! Venham ver como a madrugada; é singela, vem vê-la como é sutil.

Vem ver as pessoas dormirem e terem sonhos e pesadelos.

Vem ver como elas calam a boca!

Vem ver o único momento em que a fofoca não existe...

Por que...

Ao amanhecer tudo desmorona.

As pessoas acordam o barulho se ergue.

A vida pacata continua.

Reclamam da segunda, cegas por não perceber que todos os dias são uma chatice, são iguais.

O sol vai nascer lindo ou não!

Quente ou não, mas se eu fosse ele nem apareceria.

Para não acordar todas as coisas chatas da boca do humano, que vive o dia, mais lamentando do que vivendo.

Mas o Universo é teimoso.

Devo educá-lo? Ou vivê-lo?

Nenhum, nem outro.

Eu sou da noite, da madrugada.

Eu sou do silêncio, sou da calma.

Quero um tempo do tempo.

Daqui a pouco é dia, e eu escrevendo poesia...

Devia estar dormindo como todo mundo.

"MAS EU NÃO SOU TODO MUNDO"!

Por que sou dona de minhas próprias rédeas.

Lílian Matos
Enviado por Lílian Matos em 28/01/2016
Código do texto: T5525813
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