Um inverno passado

Onde um homem caminhava, hoje já ninguém falava

Não por solidão, nem por vontade própria

Os pinheiros que erguiam-se ao sol

Cintilavam sob a fria brisa vespertina

Novamente a andar, sozinho a pensar

Desenhava em sua mente todas as lembranças

Que o passado uma vez lhe marcara em suas viagens e devaneios

Era simples e fácil. Refletia as dores para si e as contemplava mesmo assim

Afinal, o que somos se não meras representações de nossos próprios sentimentos?

O verde do campo, um trilho de trem quase abandonado

O vento leve que lhe bagunçava os cabelos claros

Uma fogueira seria acesa, mais à noite

Uma música seria tocada, para as lágrimas

E entre todos os sentimentos, aquele foi o melhor

Uma época que se encerrou, mas que pode voltar

Pensado, mas aproveitado.

Vivido, escutado e então sinta novamente o vento frio em uma tarde de sol.

Lucas Restivo
Enviado por Lucas Restivo em 13/04/2016
Reeditado em 15/04/2016
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