Enquanto a chuva cai...

... Até agora não sei dizer se foi sonho ou vida real...

Amor!

Seu limite não é a pele...

Ele contém o universo inteiro!

Muda a dimensão

Curva-nos a sua vontade

E num leito branco e perfumado

Mas uma vez a face do prazer se fez presente...

E acontece pleno em sua verdade!

Minhas desilusões

Envoltas em nuvens densas, de um negrume fúnebre

Banham-se por momentos num tom sutil

De amora pálida, tênue

Que de tua áurea escapa...

E homogêneo se mistura,

Com esse meu sentimento que aflora.

Bocas, beijos, seios...

Agridoce, sabor exótico

Nossos hálitos, seivas,

Invadem o ar e se instala,

Cheiro ancestral...

Célula inicial num cosmo novo

Macho, fêmea, ritual...

Na leveza do ser, no meu- teu prazer

Luminosidade em nossas faces

És a tela renascida, pintada com tinta escolhida

Pela liberdade permitida.

Em corpo enamorados

As sensações são tão vívidas!

Amor...

Esse diálogo sublime

Entre almas!

Me entrego ao teu desejo sem reservas

E adorno a minha casta vontade com um sorriso

O teu!

Imagem presa a retina...

O teu olhar sorrindo como um sol dourado!

Apaixonada estou, fui, sou? Nem sei...

Só relembro\sinto\senti?

Tuas mãos a desnudar-me o corpo

E teus gestos firmes a desvendar-me a alma

Mergulhastes em meu mundo com tanta vontade

Que fomos lançados para fora do tempo...

De nossa realidade!

Presos nos laços invisíveis de um beijo...

Teu, meu alento do contato, tato...

Peso do corpo no corpo, fato!

Saboreando, degustando o pecado?

Mas há, houve, tanto carinho no ato...

Que purificado foi por algo transformador...

Amor?

A luxúria perde o carmim

Quando invade a presença do jasmim!

O corpo vira templo, no momento do êxtase alcançado...

No Nirvarna mergulhados

Acompanhados por um prazer secreto...

A gestação daquele afeto!

Amor! quando acontece

Que por momentos... " que não seja eterno posto que é chama..."

Preenche e se apossa, substituí em nos a espécie humana

E nós faz querubins ungidos por sons e luzes...

A singularidade da música... O bailar dos corpos, ritmados, abraçados

A sonoridade suave das vozes sem sentido

Os sussurros ...

Sinfonia do amor realizado!

Eu, você e... Um sonho?

Observadora
Enviado por Observadora em 16/05/2016
Reeditado em 20/11/2016
Código do texto: T5637695
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.