Reminiscências insones
O sol nasce no horizonte...
Súbito despertar de um sono ébrio.
Nenhum sonho a ser lembrado!
Pergunto-me na varanda olhando o infinito:
Quanto tempo passou?
Quão longa fora a noite?
Penso na infância...
Esquecera o semblante do meu pai!
Como pudera esquecê-lo?
Os pássaros alardeiam a luz...
Os sapos coacham uma canção antiga!
A névoa serpenteia entre os vales...
De campos verdejantes e garoa fina.
O vento frio sopra do nascente...
Flores de jasmim crescem no entorno!
Cheiro delicado e vicejante!
Botões rubros e pétalas brancas...
Olho de relance o jeito da menina...
Linda rosa delicada e inocente!
Seis primaveras e um sono indolente;
Não imagina o quanto é dura a vida...
Dorme tranquila em uma posição felina!
Espero que um dia entre tuas lembranças;
Tenhas bem claro este rosto que ora te mira!