CRIANÇA CIDADE – CIDADE CRIANÇA

Como posso te esquecer, ó minha terra

Deslumbrante Maceió, com suas tradições

Laços de família, semente que lá se enterra

Bons frutos colhidos, guardados no coração

Alegria incontida que no peito se encerra.

Como posso esquecer o meu passado distante

Que foi, incólume, eternizado em minha memória

Uma vida mais que perfeita, em felicidade constante

Vivências diárias, que formaram a minha bela história

Fatos e sonhos sentidos, vividos, de maneira marcante.

Como posso esquecer o banho de chuva no terreiro

Do feijão preto com charque e bife ao molho suculento

Da panela ao relento, que aparava a chuva de janeiro

Do bolo de milho, pamonha e pé de moleque puxento

Adivinhações de junho, mostrando o futuro parceiro.

Como posso esquecer-me do sol, dos banhos de mar

Da compra, na praia, do gostoso algodão doce no palito

A Laranja Pera descascada e pronta para se saborear

Daquele pirulito enrolado como sobrinha, (meu favorito)

Da piscina natural e do castelo de areia, à beira-mar.

Como posso esquecer-me de todas essas tradições

Dos jogos de vôlei e queimado, lá na minha escola

Das brincadeiras ingênuas, constantes diversões

Da correria de pega e congela, pela ladeira afora

Maceió, cidade querida, das grandes recordações...

Elisabete Leite
Enviado por Elisabete Leite em 09/07/2016
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