CHAMA DE MEMÓRIAS.
Crepita a chama na lareira
Como carpideiras a chorar...
Ferve e fumega a chaleira,
para o belo chá de cidreira,
Com reverência saborear.
É sentido o apetecido calor,
Que neste inverno arrepiante,
Nos conforta com amor
Dá a nossa vida novo fulgor,
Neste inverno inconstante.
Veem à memória recordações...
De outros invernos passados,
Das belas estórias aos serões
De fantasmas em mansões,
Que nos deixavam assustados.
O vento frio assobia lá fora,
Com o relâmpago ameaçador,
Silencia a triste alma que chora,
Chegou ao fim naquela hora,
Para sempre um grande amor.
LuVito.