DOCE INFÂNCIA - Poesia Nº 32 do meu 5º livro "Resgate"

Em cada dia diferente,

Eu só vivia de aventuras,

Se largasse, de repente,

Meus brinquedos e ternuras!

Me vestia de inocência

Feliz, sem ter que sonhar;

Eu com muita paciência,

Cada hora, iria alongar...!

Dos insetos no jardim,

Mundo mágico se cria.

Um zangão atrás de mim!

Fingia gritar e corria!

Borboletas eu amava!

Eu vivia as perseguindo,

No voar (as imitava),

Assustando-as sorrindo!

Grilo corre? Curioso!

Era de nome (Paquinha).

Eu pegava-a, cuidadoso,

Mas me unhava a danadinha!

E na areia ela escavava

Uma casa pra morar,

E ali não mais a encontrava,

Foi na terra se enterrar!

Também amava formigas!

E eu não tinha medo não!

Eram as minhas amigas,

E alimentava-as com pão!

Peles secas de cigarras

Eram uma diversão,

Com as carcaças e garras,

Assustava o meu irmão!

Os mais lindos passarinhos,

Insetos iam caçando,

Levavam aos seus filhinhos

Famintos, os implorando!

Se um filhotinho caía

Da cobertura tão alta,

De anjo, lá eu me fazia,

E devolvia o peralta!

Os seus pais me agradeciam,

Por este ato tão bondoso...

Mas outros, também caiam,

Ô cambada de teimoso!

Os acudia novamente

E sempre me divertia...

Por este ato inconsequente,

Todos eles, advertia!

Foi assim que eu me criei,

Sem pecados, sem ganância;

No meu mundo fui um rei,

Num sabor de doce infância!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 08/05/2017
Reeditado em 08/05/2017
Código do texto: T5992720
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