À CAMINHO DA LEMBRANÇA
 
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Pouco me resta de teu olhar!
Talvez a lembrança de luz fugaz
pálpebras semicerradas perpassando.
Disfarças a linguagem que leio...
Teus olhos, livro aberto que folheio,
Inda qu'escondas, percebo-a se apagando. 
Verbetes incompletos! Não importa!
São sons surdos atrás da porta,
Tentativa vã! Ainda são ouvidos.
Atenta, vejo flamejantes ensaios
Olhares viajam, furtivos, de soslaio...
Não ocultam emoções e sentidos.
Se bem me lembro, não houve adeus!
Consciente, sei que sonhos meus
quebraram-se num repente...sem alarido.
Mas, a alma chora desencantos, isolada...
Não diz o que quer...suas ânsias refreadas,
P'ra não romper o fio do frágil tecido.
Pouco resta do olhar que uma vez
Cruzou o meu...mero talvez,
fugaz se torna desfolhada esperança.
Meu enlevo, em rascunhos apagados...
O teu, pálida leitura do passado...
Somos nós nos tornando lembranças!
 
326848d4a2e881f982c889623b262f72.jpgNajet, Junho de 2017

15/07/2017 10:59 - Lilian Vargas.
Uma bela interação da poetisa! Grata, Lílian!


"Fustigados versos que componho
Transpassam linhas e pontos
Levam junto meus sonhos
Quisera fosse nosso encontro"

--.-.-.-.-.-.-.-
Najet Cury
Enviado por Najet Cury em 14/07/2017
Reeditado em 15/07/2017
Código do texto: T6054772
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