Sui generis... NOSSOS CARINHOS!

Quem diria, sim, quem diria,

que um dia eu te dissesse adeus...

que um dia,

vivesses sem os carinhos meus,

e eu, sem os teus carinhos!?...

Carinhos aqueles

que só eu sabia dar...

Ternos carinhos,

que só tu

me davas com tanta ternura!?...

Quem diria

que o desprezo fosse a nossa arma?

Arma iníqua, impiedosa,

capaz de ferir-te tanto quanto a mim?

Quem diria que tivesses coragem,

de num silêncio ensurdecedor,

me dizer adeus,

ou,

nem isso dizer?

Quem diria?

Por quê?

Por quem?

Hoje eu me pergunto

o que aconteceu

com aquele... aquele...

Não sei o que houve entre nós!

Só sei que me marcou,

talvez, pra sempre!

Quem diria que

a não concretização

marcasse mais que tudo em si?

Quem diria que assim fosse?

Hoje, senti saudade,

senti vontade,

de tudo outra vez!...

Tudo, o quê?

Eu e você!

Foi tudo tão bonito que,

às vezes,

eu não acredito

que o fato de nada acontecer me prendesse bem mais.

Hoje,

queria ver aquela lapidagem em pedra, lembra?

E eu me lembrar disso, justo, hoje,

quem diria?

Vais lembrar por quê!!

CaminheirA

07/09/17

CaminheirA
Enviado por CaminheirA em 07/09/2017
Reeditado em 07/09/2017
Código do texto: T6107547
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