Canto V - Úmido
Canto V - Úmido
Janeiro inteiro um aquário de almas úmidas.
Umbelino alérgico e pasmado na cidade poluída, debilitada, exposta aos barbas-de-bode ensandecidos na floresta cimenta em nome do capital.
A estrela de Davi diminui seu brilho.
A de Belém embotada.
A árvore Bodhi ilumina Sidarta.
As almas úmidas se afogam nos desejos, um convívio opressor com a ilusão.
Umbelino em seu quarto pensa, nos anos estranhos e inaceitáveis da ditadura desenfreada, deixando-nos assim, esquecidos e egoístas.