A MORTE DA PERDIZ

A MORTE DA PERDIZ

Era uma idílica tarde domingueira

E as gentes do lugar

Aproveitavam para descansar,

Sem pensar em segunda-feira.

A brisa transpirava aromas sazonais,

Rolas arrulhavam nos pinhais,

E as meigas andorinhas

Teciam no céu fantasiosas linhas.

Ah! Como brilhava aquele sol

Que deixava mais azul o azul do céu

E o rio pachorrento a passar,

Com vontade de ficar...

Perdizes andavam felizes

Pelas várzeas descuidadas

Mas grandes aflições,

A elas estavam reservadas.

Astuto caçador, sorrateiro,

De faro de cão perdigueiro

Quebrou o doce encanto,

Daquele dia que era santo.

De de chofre, um estampido

Deixa o azul do céu ferido

E uma infeliz perdiz, exangue

Macula o azul do céu de sangue.

Eduardo de Almeida Farias
Enviado por Eduardo de Almeida Farias em 08/01/2018
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