O NOVELO DA MINHA VIDA

Desbobinei o fio do meu novelo,

Deixei a descoberto as histórias

Da minha vida, dos momentos

Por mim vividos, sem lamentos.

É um fio fino, muito transparente,

Para que todos possam verificar

Que a minha vida foi de eu amar

Com intensidade e mui inocente.

Desbobinei o fio da minha vida,

Sem nada ter assim a esconder,

Quero que todos fiquem a saber,

O que eu vivi, tal como eu queria.

Nasci numa Aurora tropical, sol

A despontar no horizonte, parto

Normal em minha casa, chorei

Pela primeira vez num regaço.

Cresci, brinquei e muito eu sonhei,

A vida não foi o que eu esperava,

Desde muito cedo eu sempre lutei,

E obstáculos venci, eu suportava.

O fio do meu novelo está a acabar,

Não sei até quando vai ainda durar,

Só sei que me custa perder o fio,

Por ele ser o meu melhor amigo.

Ficarei apenas com a minha poesia,

Que eu escrevo pr’os meus amigos,

Em louvor do amor e da fraternidade

Minha eterna e verdadeira fatalidade.

Ruy Serrano - 09.01.2018

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 09/01/2018
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