CHUVA DE SAUDADES

CHUVA DE SAUDADES

Pingos de uma chuva de verão são ouvidos

Chove lá fora, chuva que não traz mais ela

Mas sua presença é sentida na suave brisa

Um perfume de flor impressiona os sentidos

Ai então os olhos se voltam para o passado

O tempo fez da menina uma mulher tão bela

Que já não dava pra perceber natural divisa

Mulher do sorriso vistoso e olhar apaixonado

Gestos carinhosos numa feição encantadora

Trazendo sempre a luz no escuro inesperado

Com palavras ternas de uma alma sonhadora

Sofria junto calada, enfrentando sua jornada

Aplacando as dores d´uma criança sofredora

Companheira consciente, a mãe tão dedicada

Filha amada, aos pais exaltava em delicadeza

Sua doce lembrança impede qualquer tristeza

Venerada na família... a fidelidade na amizade

À prima Vânia Abreu externo a minha saudade

Marco Antônio Abreu Florentino

Homenagem póstuma à grande mulher, filha querida, mãe devotada e competente pediatra Vânia Maria Abreu Guimarães. A prima tão amada e admirada por mim e meus irmãos que, desde crianças, tínhamos ela como terna referência, pois nos visitava com frequência em Curitiba/PR. Nos nossos devaneios infantis, sempre que chovia, pedíamos para que a chuva trouxesse ela de volta. Cresceu e também se tornou referência para família, amigos e sociedade cearense como uma das médicas pediatras pioneiras e diretora do Hospital Infantil Albert Sabin, referência na pediatria cearense e do nordeste. Sua partida precoce ainda nos atinge com profunda saudade, mas como diz o poema, sem tristeza, pois à lembrança do seu sorriso contagioso, ninguém consegue ficar triste.

https://youtu.be/lKsV0K58VPs

(Ritmo da Chuva - Demétrius)