FELIZ

Sutilmente amanhece...
Com o novo dia,
Minha alma resplandece,
Desenha utopias,
Tece uma canção infantil,
Até esquece,
Desse mundo hostil,
Dessas coisas de gente grande,
Minha alma se expande...
No sussurro da brisa,
Suaviza, desliza,
Me leva para outro perfil,
Lugar de sempre primavera,
De um amor que prospera,
De lúdicos momentos,
Encantamento,
Sortimentos do eu menina.
... Estava tão divina,
Aquela sonância,
Que eu quis,
Ficar ali,
No “marré de si...”
Cirandando feliz,
Na minha infância.
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HLuna

QUEM ME DERA 
Indecisa olhando a vida,
eu caminho distraída,
pensando no amanhã.
Estrela de Aldebarã,
que me espia, é meu guia,
protege o meu dia-a-dia,
porque ainda sou menina,
e não sei se a minha sina
se adequa ao meu perfil.
Ninguém sabe, ninguém viu,
o momento da explosão,
o big bang profundo,
que espalhou pelo mundo,
tristeza e desolação.
Porém tu tens o poder,
só tu podes me dizer,
o que à frente me espera.
Quem me dera, quem me dera,
que sejam flores viçosas,
lindos cravos, belas rosas,
para colorir meu futuro,
que será risonho e puro,
qual uma doce canção.
Minha estrela, posso vê-la,
brilhando na escuridão.