Dos tempos que eu não tinha dono!.
Ali,... na Póvoa de Santo Adrião,
- à entrada p'ra Odivelas.
Parei na berma da estrada,
- e encontrei o Senhor Roubado!
De Carriche eu subi a Calçada,
- que me lembrava a Aldeia de Caravelas.
A Rosélia mora lá, em endereço não encontrado.
*****
Qual "malhoa" ali pintado,
- Era igual aos quadros das "alminhas",
Da minha terra eu ali vi!
...Era o Nosso Senhor Roubado
- a guardar o nosso sono.
Dos tempos que eu não tinha dono!
Eu ali vi tantas "Alminhas"
Noite e dia e já lá vão tantos anos!,...
- tantos como estas saudades minhas.
*****
Parido da ilusão,
- de ali ver o Senhor Roubado,
Que está lá dependurado.
Na Cruz, da Póvoa de Santo Adrião.
E assim eu ali renasci,
Dos tempos que eu não tinha dono!
Mas que agora me roubam o sono.
*****
Deixem-me estar!,
... aqui tão bem sossegado.
Na valeta estou eu dependurado.
- Por isso eu não quero mais não!
Da rima já estou divorciado!...
- E deste poema enjeitado eu me sinto,
Tal como o Senhor Roubado,
Que Está lá na Póvoa de Santo Adrião!
*****
Qual "malhoa" ali pintado,
- igual aos quadros das "Alminhas",
Da minha terra eu O vi ali!,
O Nosso Senhor Roubado,
Ali está a guardar o nosso sono.
Noite e dia e já lá vão anos!,...
- tantos como estas saudades minhas!
Dos tempos que eu não tinha dono!
*****
Parido da ilusão,... de ver ali o Senhor Roubado,
Que está lá dependurado,
Na Cruz da Póvoa de Santo Adrião,
Eu renasci dos tempos que eu não tinha dono!
Mas que agora me roubam o sono.
******
Digo e repito:
Deixem-me estar!, ... aqui tão bem sossegado.
Na valeta estou eu dependurado.
- Por isso eu não quero mais não!
Da “rima” eu já estou divorciado!...
- E deste poema enjeitado eu me sinto,
Tal qual como o Senhor Roubado,
Que está lá na Póvoa de Santo Adrião!
Deixem-me estar!,... aqui tão bem sossegado.
Na valeta dependurado pois eu,
- Eu, Eu Não quero mais não!...
Eu não quero ver o Senhor Roubado.
Da rima eu já estou divorciado...
E do poema eu já estou enjeitado,
Pois eu já me sinto como o Senhor Roubado
Da cruz,... daquela da Póvoa de Santo Adrião!
(in: “Poesias Soltas” ! De:- Silvino Potêncio )
Original Publicado em > www.silvinopotencio.net