Flamboyant

Um motor ligado sem desacelerar;

O endereço certo com um destino errado;

Palavras aleatórias num clarear;

Como um defeito bem perfeito;

Esperando a música pra cantar.

Avisa que amor é amar mesmo quando o outro foi viajar.

É ser eclético num mundo de rock 'n’ Roll;

É quem espera até a última hora só pra não ter que ir embora;

Ainda que a bebida o faça vomitar.

Aquela Flamboyant refletindo dois faróis vermelhos, mas sem luz;

Vagando numa ilha e fazendo jus ao nome;

Que tem Mar, molhando-me suavemente;

E, honestamente, posso até nem ser tão coerente;

O som era maravilhoso, não vou negar, mas o beijo era mais gostoso.

Qual o sabor daquele fogo que me puxava pra dentro?

Eu já estava queimando antes mesmo de sentir, mas preferi disfarçar.

O que está acontecendo, você está com sono?

Não, talvez esteja pensando.

E a verdade é que eu estava desejando um Flamboyant com seus galhos a cantar.

Keruja Literária
Enviado por Keruja Literária em 06/11/2018
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