Nunca mais é muito tempo
Nunca mais é muito tempo
Pra quem vivia no para sempre
Não apresse a memória
Protegida pelo acaso
De um reencontro remoto
No outro plano já certo
Não anseie pelo destino
De promessas que jamais quebrei
Poemas escrevemos
Poesia vivemos
Transformada em areia
Por onde pisamos
Escorre o tempo
Em cachoeira
Em mar, rio e lago
Ao som do sol
Escapa às mãos
Ainda dói e passa
Ainda falta passar
Ainda não
Para Théo