CARTA AO MEU PAI

CARTA AO MEU PAI – André Coelhas

Pai, hoje o vento soprou bem suave, uma doce lembrança,

Esvoaçando, os poucos cabelos que me resta,

Me veio aquele tempo de criança,

Quando do trabalho você chegava, com suor na testa.

Lembro-me da mesa sempre pronta a te esperar,

A gente ansiava pra poder jantar junto com o senhor,

Que você agradecia a refeição, que você mesmo nos dava,

E a gente agradecia em silencio pelo senhor.

Lembra, dos carrinhos de rolemã que você fazia?

A gente descia a rua, apostando corrida,

O incrível, que o construtor que era você, sempre perdia,

Perdia não né pai! Deixava a gente ganhar,

pra ver a gente pular de alegria.

Ah! Pai, como era bom aquele tempo,

Mais num triste dia, você partiu e foi morar aí no céu,

Já que você está aí, Agradeça a Deus por nós,

por ter nos deixado uma mãe heroína,

Que tudo superou e tudo venceu.

Hoje somos todos adultos pai, e temos família,

Olha, sabia que senhor e vovó de quatro lindas meninas

Da Isabelle, da Yasmin, da Malu e Dudinha,

Suas netas são lindas, são lindas as nossas pequeninas.

Moramos todos juntos pai, como você sempre sonhou,

E elas sempre perguntam do vovô Emilio,

Aí a gente aponta o céu, e diz:

estão vendo aquela estrela que mais brilhou,

E lá que mora o vovô, corta o coração de ver as suas lagrimas,

correndo por aquelas faces ingênuas

Parece que elas conhecem o senhor,

Hoje, eu olho elas em formação,

E vejo com orgulho o seu legado de amor,

Um dia visitaremos a sua constelação.

Pra te dizer bem pertinho,

Te amamos pai,

Te amamos vovô.

André Coelhas
Enviado por André Coelhas em 01/05/2020
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