REFLEXOS DA TARDE

Doce letargia na tarde cinza, chuvosa,
com o relâmpago, o arrulhar dos ventos,
as recordações e uma vontade pretensiosa
arrebentam nas correntes sólidas dos tempos.

A bradar o universo girando em lampejos
— iluminando o sulco das minhas ideias
penetrando na claridade de férteis desejos
refletindo no céu que por segundos incendeia.

Vai o sol silencioso a tempestade dissipar
 eu pensativa, muda, aos lânguidos olhos do dia,
 que na calmaria das águas tende a ignorar
 a soturna tarde que banhou-me de melancolia.


Um tremor cálido, depois do frio cortante;
o singular murmurar do mundo a se recompor,
pelas roseiras o único pássaro cantante,
trouxe-me uma aura inflada semeada de amor.
 

Excelente Interações

Poetisa Cristina Gaspar

A ave em sua airosa pureza
Acalentou a tua melancolia
Suplantou a dor com certeza
Descortinou o véu da agonia.

Na letargia da tarde embaçada
Com gotas d'água caindo vorazes
Tua mente ficou atarantada
Mulheres suas luas e fases.

O Sol veio intermediando
Tentando o conflito arrefecer
Desanuviando o brado do entardecer.

Tua tez perolou-se de paz
Inspirou-se de beleza e fulgor
Tema para um poema de amor.

Poeta CasMil.

O sol a nascente viste nascer
Para mais tarde a poente,o horizonte se esconder
Ao sabor da brisa que se sente...
E após esse entardecer
As estrelas se iluminam então,
E assim pudeste conceber
Versos de encher o coração...

Poetisa Val Bernardino.

No som das pedras
Lavando as encostas
No palco
O sentido da vida
Amar pelo que vejo
Faz parte dos loucos
Loucos por um louco amor
Amar amar amar
Lavar a alma
Tomar banho de chuva
Ao cair a noite
Lindos corpos seminus.



 

Verdana Verdannis
Enviado por Verdana Verdannis em 22/05/2020
Reeditado em 23/04/2024
Código do texto: T6955047
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