Castelos




Meus sonhos de menino na areia,
foram pequenos castelos.
Risos foram contra as ondas,
contra o vento que pôs seus cabelos em desalinho.
Foram seus rastros pela praia,
perdidos e eu sem rumo, sem vê-los.
Foram ainda seus cabelos
que invadiram a privacidade do meu rosto,
deixando-me tocá-los por mais uma vez.
Foi o moreno da sua tez
que arrepiou minha pele...
Nasceu o amor!
Foram seus rastros, perdidos pela praia,
que me levaram à areia,
aos castelos dos tempos de menino;
e eu, sem rumo, buscava vê-los,
rompendo o fluxo dos seus cabelos
que ainda agitavam em meu rosto,
corrompendo a castidade de sua boca.
Fluímos o beijo... Nasceu o amor!
Nasceu a vida, se fez o castelo.
Contra as ondas, rompe o sorriso
contra o vento que rebate seus cabelos
enfeitando meu rosto.
Nasceu o fim nos rastros sem que eu pudesse vê-los,
contra meu castelo dos tempos de menino,
pelas areias, já sem seus rastros.