A MINHA CASA

Era uma casa enorme a casa em que nasci,

Amplo, quase um palácio o casarão antigo,

Bons tempos de infância, tempos que vivi,

Correndo livre, leve, solto; saboroso abrigo.

Quintal tão grande, ali era a minha fazenda,

Cavalgando as pradarias num cavalo de pau,

Corria entre árvores, uma jaqueira frondosa,

Levando minha boiada prendendo no curral.

Uma fértil imaginação, muitas coisas criava,

Naquele mundo só meu, eu era o líder maior,

A paz que ali reinava era absoluta, encantava,

A minha velha casa, meu mundo, meu interior.

Hoje, já não existe mais o meu velho casarão,

Deu lugar ao progresso uma nova edificação,

Mas nos meus sonhos, na minha lembrança,

Vejo-o tal qual nos meus tempos de criança.

Lúcio Astrê
Enviado por Lúcio Astrê em 22/10/2007
Reeditado em 22/10/2007
Código do texto: T704882
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