Até logo.

"Um dia de cada vez",

"um nascer do sol para cada manhã cheia de esperança."

Tais palavras eram ditas por uma senhora todos os dias em que me via.

Eu era apenas um garotinho que não via a vida como vejo hoje.

Meu modo de ver a vida, naquela época, era apenas sonhos

(algumas ilusões), sonhos de criança.

Mas que já davam a luz do pensar, do querer, do sonhar com dias melhores.

Um dia (me recordo perfeitamente daquela manhã)

ouvi dona Kátia gritar meu nome diversas vezes pois o que ela mais queria naquele momento era alguém que pudesse ouvir os gritos de seu coração.

- Eu era apenas uma criança.

Um garotinho que gostava de ouvir suas histórias e seus conselhos da vida.

Hoje entendo que naquele momento, em que ela gritava pelo meu nome era o momento da despedida.

Momento que ela queria apenas me dar um adeus...

Adeus que se tornou um até logo...

Luiz Saraiva
Enviado por Luiz Saraiva em 23/01/2021
Reeditado em 27/01/2021
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