NA ESCRIVANINHA
Na Escrivaninha
Tomei meu café e lembro da manhã que se repetiu.
Hoje esta tão calmo que convida a dar um fim
Aos papeis que não servem mais para vida
E ver que ainda tem muito arquivo a manter
Fazendo uma limpeza por dentro de mim
Ter cuidado com o que realmente não importa
Que joguei apenas o lixo da inconstância
Mas tomando coragem para não ter mais
Mas a escrivaninha da alma ainda esta cheia
E alguns medos ainda se encontram a distancia
No meu imenso livro do que vivo
Ainda falta paginas a colar
Pois agora vejo as que joguei fora
Alguns arquivos que antes não queria
Pois agora vejo com outros olhos
Pois essa é outra escolha, outra hora.
Realmente não terminarei por hoje
Estou arrumando tudo aqui próximo
E o que esta mais distante não foge assim
Pois é o meu alcance mais seguro
Do começo da reforma dentro de mim
E o que me deixou esta aqui tão perto
Uma declaração de amor que me dá força
No ano onde todos nos encontramos
Essa voz e tão suave e tão terna
Sinto com tanta forca e vejo que estou certo