NA ESCRIVANINHA

Na Escrivaninha

Tomei meu café e lembro da manhã que se repetiu.

Hoje esta tão calmo que convida a dar um fim

Aos papeis que não servem mais para vida

E ver que ainda tem muito arquivo a manter

Fazendo uma limpeza por dentro de mim

Ter cuidado com o que realmente não importa

Que joguei apenas o lixo da inconstância

Mas tomando coragem para não ter mais

Mas a escrivaninha da alma ainda esta cheia

E alguns medos ainda se encontram a distancia

No meu imenso livro do que vivo

Ainda falta paginas a colar

Pois agora vejo as que joguei fora

Alguns arquivos que antes não queria

Pois agora vejo com outros olhos

Pois essa é outra escolha, outra hora.

Realmente não terminarei por hoje

Estou arrumando tudo aqui próximo

E o que esta mais distante não foge assim

Pois é o meu alcance mais seguro

Do começo da reforma dentro de mim

E o que me deixou esta aqui tão perto

Uma declaração de amor que me dá força

No ano onde todos nos encontramos

Essa voz e tão suave e tão terna

Sinto com tanta forca e vejo que estou certo

Aluísio Bórden
Enviado por Aluísio Bórden em 06/11/2007
Código do texto: T725507
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