A Janela do trem da vida.

Quando a gente era criança

Existia uma lenda

Sobre um pote de ouro escondido

E que nem todo mundo o encontra

Havia um segredo

Eram coisas que se queria

Sem saber bem ao certo o que era

E talvez estivessem por perto

Quando o certo

Era antes responder pra si

Que, se a gente conquistasse

Todo o ouro que existe no mundo

Pra que será que ele servia?

A vida, uma estrada bem larga

Felicidade, uma senda

Enquanto isso

A gente ia sentado

Nas janelas do trem da vida

Pesquisando em mapas e fotografias

E perdia as mais belas paisagens

O tempo apressado, pediu pra passar

E eu deixei

O tesouro não era um pote

Nem bau, nem nada assim

O segredo da vida, é a vida

Que se encontra espalhada

No caminho a ser percorrido

Pra poder ser vivida

Um pouquinho a cada dia

E todo dia ela muda

O tesouro da vida é um sorriso

Um resto de melodia

É saudade que gruda

Então, se é possível sorrir, ainda

Faça isso em cada dificuldade

O pote de ouro da vida

Não era uma lenda

A mentira escondida, era sobre o valor

Das coisas que o dinheiro compra

Há tesouros diferentes

De vida pra vida

E se tornam semelhantes

Na medida em que você percebe

Que os tesouros de maior valor na vida

Vem de graça, na graça da vida

E eles não estão a venda.

Edson Ricardo Paiva.