PROFÉTICO

Quando me juraste o enjeito

na fatídica noite da palavra

meu estado se tornou azáfama,

é estranho porque o silêncio

solveu-se em morte e nascimento,

nasci já envelhecendo em cúspide

torpe senda desalmada,

minha pobre criança desdentada

caducou na imensa solitude,

na dor que erra era velho de ressaca,

no laivo sofrimento perdi o tempo,

em pensamento teu nome urge

consoante a métrica rimada

que neste poema sujo surge:

redizia, refazia, ricocheteava

Jaciara, Jaciara, Jaciara.

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 23/03/2023
Código do texto: T7746730
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