Pulsares

Eu também estava aí

Entre as curvas dos teus passos

Entre a pulsação dos teus braços

Eu cantava, eu sorria

Como quem andava descalço

Num chão frio que mais parecia um desabafo

Tu cantavas como um pulsar

Que viajava no espaço

Era uma estrela que se destruía

Diante da lei da entropia

E hoje há tanto vazio em mim

Que tua voz virou eco

Soa como numa caverna de Platão

Onde tua sombra é o passado da tua ilusão

Julio Oliveira
Enviado por Julio Oliveira em 06/06/2023
Código do texto: T7807404
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