Pingos de chuva

Canteiro do tempo que abrilhanta o olhar

Sai pra chuva

Sai pra rua

Deixa os pingos da chuva te molhar

Gruta do tempo

Respingo do olhar

Janela pra espiar

O canteiro da casa

O quintal e o jardim

Lembranças que moram em mim

Às vezes causam aperto no coração

Mas são feitos de amor a colorir o horizonte

Dos festejos natalinos que ainda vivem em mim

Não foram papéis amassados

Foram singelas riquezas

Adornadas de tanto amor

Nos enfeites da casa que se espalhavam pelo jardim

Do bolo confeitado feito com primazia

E não faltava os pastéis e canudinhos de feitio caseiro

Que dava água na boca o ano inteiro

São doces recordações despertando o coração

Decorando a saudade do tempo