Por Delicadeza

Por delicadeza ancorei em teu mundo...

Inanimado e desprotegido,

Realçando-lhe as flores, permitindo-lhe novos aromas,

E antes que a chuva caisse,

Mostrei-lhe o sol...

E a cada instante contido,

Permiti-me nesse sonho...

Revelando seus segredos,

E como a grande ave que sobrevoa a relva,

Sobrevoei o seu mundo, filmando-lhe em cada movimento...

E quando passastes por mim,

Já deleitava-me em sua sombra...

Foi quando lhe banhando sobre um rio,

Perdi-lhe na correnteza...

Que em versos tristes me disse:

Vagueian-se as flores e apagam-se os sonhos,

Sobrevoam-se grandes trilhas e acompanham-se as sombras...

Mas em um rio desconhecido, povoam-lhe as lágrimas,

E a correnteza desmedida do desamor, leva de ti o querer...