NINGUÉM ME ROUBA

Está tão florido o jardim...

Deito meu olhar.

Uma avezinha quase a meus pés vem pousar.

Deito meu olhar.

A fonte a jorrar.

Deito meu olhar.

O vento parece sussurrar.

Deito meu olhar.

Numa folha rodando.

Num tempo que parece que está voltando.

É ilusão.

Faz parte do meu sonhar.

Risos?

Ouço sim.

Por que não?

E ouço vozes...

E vejo meus filhos meninos brincando.

Claro que estou devaneando.

Mas é tão bom.

Recapturo um tempo que nada e ninguém no mundo consegue me roubar.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 15/03/2008
Reeditado em 19/04/2011
Código do texto: T901771
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