Borboletas

Numa fragilidade desconcertante

Uma borboleta baila em seu vôo

Beija o topo das flores

Extraindo beleza para os meus sonhos

Não sei dizer se fica ou vai

Como perceber o seu plano?

O encanto das cores em suas asas

Me entorpece num frenesi alucinante

Divago, vago em meus pensamentos

Onde vida tem um prazer diferente

Me vejo então num imenso jardim coberto de flores

Onde as borboletas se transformam em gente

Nessa simbiose apoteótica

Meu mundo de sonhos é o mundo real

Borboletas, gente e flores

Não fazem uso do punhal

Apunhalando-me os sentidos

Acordo para o mundo imaginário

Esse mundo caótico e sem flores

De gente que mata borboletas e vive como presidiário.