esse beijo ferro em brasa
pois nem basta a pobrinha teoria
que diz quem morre vive e reencarna
a noite que me vem todas as noites
nem reencarna ou vive ou me atormenta
na sua intimidade me destrói
e pousa em minha cor a sua mão
o beijo que me dá sai ferro em brasa
doçuras que eu amava ela esfacela
silêncios contaminam meu sentir
e meus santos pecados vão chorando
e nos morrem os deuses nossa crença
e com eles a teoria do pecado
- eu nunca soube a cor do meu sonhar
quem renasce na morte nada sente