Margens de um rio

A evasão no tempo

Horas de uma longa prosa

Onde a ultima estrofe

Cala-se

E assim é possível ouvir

Rebentar-se a fibra

Que o vazio

Lança sobre o riso tosco.

E a imagem exaurida

São lágrimas profundas

O som de uma lira embriagada

Nas margens de um rio sem água

Que bebe a cada instante

Sonhos de veludo

Vestidos de ilusão.