A CRIAÇÃO

No começo era poesia

Sem forma e vazia

Pairava sobre a face dos homens,

E a poesia fez-se verso

E o verso era poesia,

E do verso veio à rima,

Da rima a prosa,

Da prosa elegia,

Da elegia epitáfio,

E a poesia descansou

Nos tempos de hoje

Cansou de ser desprezada

De ser rimada

Com desprezo

De ser usada

Sem pejo.

Mandou seus profetas:

Os poetas

Que a humanidade assassinou,

Enviou o filho

Que foi crucificado

Vitima da estagnação

Da mente humana

E não ressuscitou...

Sem esperanças

Mandou escrito

No ultimo livro

Do ultimo poeta vivo,

O dia do julgamento está próximo

Vejam o mundo como está

Falava das produções bestiais

Que tocariam nas rádios

Dizia que faria sucesso

O que não tivesse sentido

E fizesse apologia

Para a obscenidade e ao crime...

A Industria leu

E o livro “se queimou”...

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 30/07/2008
Reeditado em 25/02/2013
Código do texto: T1104470
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