VOLTANDO NO TEMPO PARA UMA VIAGEM AO FUTURO

Hoje, eu ando por ruas

Estradas que eram nuas

Agora fervilham de estranhos

Que correm tal qual baratas

Fugindo de predadores

Insetos estranhos – sem nome

Sem marcas – olhos da dor

Carícias, castelos, noites insones

Correm carros – antigas carroças

Perfeitos bólides em minhas lembranças

Perfil de criança

Fecha certeira num coração senil

Eu vejo verões adentrando abril

Agora sinto no inverno

Juntas alquebradas

Bengalas sustentando meu corpo

E com ele as minhas memórias...

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 05/08/2008
Código do texto: T1113335
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