A MIM MESMO

Sinto-me leve

Meu corpo flutua.

Não sinto mais o peso dos meus pecados,

(Estes não foram poucos)

Diante de mim, portas incontáveis.

Todas à espera para serem abertas.

Mas algo me diz que não devo abrir nenhuma.

Atrás de cada uma delas,

Escondem-se os meus medos.

Meus piores e inconfessáveis pesadelos.

Minha mão desobediente e curiosa; abre uma.

Sinto uma onda crescente de horror dentro de mim.

Estou olhando para mim mesmo nos olhos,

Vejo a mim mesmo, sem inspiração de poeta.

01 / 10 / 2004

POESIA 1241

Perrelli
Enviado por Perrelli em 29/09/2008
Código do texto: T1203334
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