Boa noite, Mundo!


Serenamente num banco de praça sentei.
Fiquei entretida com meu pensar a divagar
Caminhei por lugares diversos, infindos
Que minha emoção podia sentir
Mas meu pensamento conseguia alcançar;

Vi o tempo que havia passado
E aquele que ainda iria chegar.
Lembrei das emoções que vivi,
dos sonhos que sonhei
Dos lugares por onde andei..

Agradeci aquele momento,
A oportunidade do nascimento
Senti o perfume e os odores
Dos que me trouxeram alegria
E dos que me trouxeram tormento.

Enfim, paisagens fincadas em nosso eu
No eu do nosso espírito que transcende, caminha...
É errante... prova diversos sabores e muitos amores
Nascemos, crescemos, evoluimos e retornamos
para a natureza que nos criou...

A natureza, um dia, nos devolverá e voltaremos à vida
Aprenderemos um pouco mais e, quem sabe,
Poderemos voltar como flores perfumadas
Para encantar os olhos de todos os seres
E perfumar a vida de quem ainda renascerá.

Em meio a uma paisagem silente
Nada tinha viço de vida, apesar de muita gente...
Ninguem prestava atenção à beleza a sua frente
Grandes e pequenas criaturas, aqui e acolá
Caminhavam rápidas para algum lugar

Olhei para frente e vislumbrei o crepúsculo,
Onde as luzes dos cômodos do céu estavam se apagando
Anunciando a chegada da noite em que um tapete de estrelas
era estendido diante de meus olhos já despertos.
Encantada, voltei para casa e disse baixinho: Boa noite, mundo!

(Amália Klopper)