Crepúsculo Trevoso

Enforque-se, meu amigo

Não precisas mais sofrer

Então siga o próprio perigo

Pois agora há o perigo de ser

Não esqueça da nossa missão

Tirar você da própria noção

Da razão, da vital evasão

Torna-te uma pura divisão

Acredites, tente acreditar

Podes sim, com tudo acabar

Está tudo em teu sub-consciente

As mentiras da sua própria mente

Cala-te, bastardo! Não fales nada!

Não vês que a tua vida está acabada?

Chora pelos cantos, avassalado!

Aguente e sofra com tudo, calado!

Traíste, mentiste, encenaste!

Quero que de mim, se afaste!

De toda a eternidade, imensa.

Não vou aderir à sua crença!

Enforque-se, meu amigo

Não precisas mais sofrer

Então siga o próprio perigo

Pois agora há o perigo de ser

O perigo de ser o que isto é

Enganou-me com a sua fé

Fé do medo, fé da culpa

Com isto, aproveita e usurpa!

Usurpa tudo de mim, até a alma

Deixa-me em prantos, com trauma

Como podes dizer que és superior?

Se mentes para mim que isto é dor?

Já me curei e logo retribuirei

Da maldição que agora tu levas

Eu nunca mais a possuirei

Te passo a dor que a chamo de trevas!

Matheus Mendes
Enviado por Matheus Mendes em 22/10/2008
Código do texto: T1242904
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