Vestir o adeus
Delírios visitam os versos
Pintando em meus olhos
O desatar do inconsciente.
Nunca aprendi
Á vestir o adeus,
Mas isso não o afasta de mim,
Cingindo com destreza
Páginas de um instante
Que não sei fugir.
No azul de imagens e ventos
Tenho poucos argumentos,
Um gosto rouco
A face esquecida.
Não sei escrever
Nem colorir.
No papel perco meu retrato
Sou apenas uma pessoa
Tão fraca e tola,
Plangente sem discursos.
Minha linguagem é um labirinto,
Sou prolixa e não sei
Existir.
Jane .
São Paulo 09 de Novembro de 2008.
Noite...