Pesadelo

Meu adorável sonho que navega em pesadelos

Usando o barco de nossos espíritos ancestrais

Ancorando em ilhas de loucura e perdição

Para ao anoitecer, cavalgar o cavalo da morte.

Beijando ninfas corrompidas pela volúpia humana

Ensaiando o sexo ao lado de damas vazias e escuras

Que ainda assim conseguem cheirar como uma flor de morte, que desabrocha e morre ao alvorecer.

Olhando então ao longe o crepúsculo sombrio

Que trás consigo o som do abismo e da solidão

Varrendo assim qualquer lógica ou razão

Fazendo as velhas fogueiras reascenderem outra vez

Queimando sonhos, esperanças e paixões.

Fazendo os espíritos carniceiros festejarem

Em um falso cortejo a morte dos amantes de outrora

Que eram almas em chamas que dançavam ao som de uma tumba viva e profana

De onde jorrava o vinho vermelho sangue de meus ancestrais mórbidos e gélidos

Mesmo assim em algum lugar deste pesadelo e sonho

Podia-se ouvir como se fossem sussurros desesperados

De uma alma que não se rendeu a corrupção

uma oração celeste e sobrenatural que luta para purificar o impurificavel

Que tem esperança que os velhos Deuses e Deusas despertem

E lancem sob a terra do medo, seus olhares piedosos.

Fazendo então que uma flor exótica floresça em meio à intolerância

Mas, foi há muito tempo que as divindades se foram.

Desde o dia que o homem subiu ao velho monte

Declarando que seria detentor do bem e do mal

Da verdade e da mentira

Da ordem e do caos

Desde esse fatídico dia liberamos no mundo

As piores revelações da verdadeira caixa de pandora

E com ela sepultamos nossa historia

E o que nos resta agora é sofrer

Até o dia que os verdadeiros filhos éter

E da verdade nasceram purificando toda dor e ilusão

Varrendo da terra a nossa corrupção...

Bêlit
Enviado por Bêlit em 29/11/2008
Código do texto: T1309675
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