Metamorfose
Noite tão mansa
Ruídos, silêncio, bichos, feras
Luz da lua
Escuro na rua
Imagem que não cansa
Nada a pensar
Sem ninguém para conversar
As estrelas a brilhar
Em um céu de puro breu.
A calçada vazia
Imagem que ia
Momento só meu.
Um pouco de fazer nada
Olhando a fria calçada
Impassível a me olhar.
Se ela falasse, diria:
Estou tão cansada
De ser pisada
Molhada
Mijada
Encerada
Aqui sem fazer nada
Também quero passear.
Conhecer o universo
E ver como é o inverso
De eu em você pisar.
E quero sair altaneira
Por uma estrada e carreiros
E quero poder caminhar
E ver uma flor de perto
Fazê-las em forma de versos
E quero poder cantar
Lavar o teu caminho
Cair em cima de um ninho
A até me vingar.
Um dia só
É o que eu peço
Para ver o pássaro de perto
Em suas penas tocar.
Poder ouvir seu trinado
Para seu canto eu amar.
Me deixa ficar
E me transformar
Ah! Se a calçada falasse.
Noite tão mansa
Ruídos, silêncio, bichos, feras
Luz da lua
Escuro na rua
Imagem que não cansa
Nada a pensar
Sem ninguém para conversar
As estrelas a brilhar
Em um céu de puro breu.
A calçada vazia
Imagem que ia
Momento só meu.
Um pouco de fazer nada
Olhando a fria calçada
Impassível a me olhar.
Se ela falasse, diria:
Estou tão cansada
De ser pisada
Molhada
Mijada
Encerada
Aqui sem fazer nada
Também quero passear.
Conhecer o universo
E ver como é o inverso
De eu em você pisar.
E quero sair altaneira
Por uma estrada e carreiros
E quero poder caminhar
E ver uma flor de perto
Fazê-las em forma de versos
E quero poder cantar
Lavar o teu caminho
Cair em cima de um ninho
A até me vingar.
Um dia só
É o que eu peço
Para ver o pássaro de perto
Em suas penas tocar.
Poder ouvir seu trinado
Para seu canto eu amar.
Me deixa ficar
E me transformar
Ah! Se a calçada falasse.