O BEIJA FLOR O LIVRO E O NU.
O BEIJA FLOR O LIVRO E O NU.
O som de um zumbido de asas/Não era de passarinho.
Não era o periquito/Que cochilava no ninho.
O sol no meio da tarde/Iluminava o livro.
E aquele canto de asas/Trazia o raro e o cio.
Pairou acima do espanto/Com alegria e encanto.
No despertar de outro pássaro/Engaiolado no canto.
Fotografou o momento/E como fosse o vento.
Deixou um rastro no nada/O livro eu e o tempo.
Deixou-me entre "duas cidades"/A sós com o sol e a tarde.
Que Charles Dickens criou/Que eu lia nu sem pudor.
Ao lado de uma janela/Onde a vista cosmopolita.
No epi-centro da copa/No topo da fantasia.
E era quase silêncio/De luz do sol e o vento.
E era quase um filme/Que eu via vez em quando.
Um míssil rápido fatal/De um negro azul tão brilhando.
Sentindo-me abençoado/Curvei-me ao rastro deixado.
...Beijei o livro e chorei!